sábado, 26 de abril de 2008

Jovens não se interessam por política.


O nosso excelentíssimo, digníssimo e altíssimo Presidente, veio constatar o facto que a juventude não se interessa por política, ainda mais, que lhe faltam conhecimentos básicos sobre o 25 de Abril.

Ora, eu sei o essencial sobre o 25 de Abril, houve tropa, chaimites, derrube da ditadura, cravos e a música do Zeca Afonso. Para mim chega, não tenho curiosidade para saber mais aliás, a curiosidade não é uma das minhas virtudes, sou mais do estilo "deixa andar".

Bem, também tenho a ideia que não devemos viver do passado, nem agarrados a eles. Já fomos o mais importante país do planeta, e acho que o Sr. Cavaco também não deve ser especialista nisso. É óbvio que cada um puxe a brasa à sua sardinha, e que ele queira que se valorize o período que viveu, mas eu não penso assim, mais do que saber ao detalhe os meandros do 25 de Abril, valorizo sim o presente, as ideias e situações do presente, sem nunca perder o nosso passado. Esse é o caminho.

Em pleno choque tecnológico, também queria saber se o Sr. Cavaco conseguia distinguir um I-Pod, de um outro leitor de MP3, um LCD de um plasma, ou o telemóvel de um simples PDA (ok, esta é mázinha) ou, ainda pior, se conseguiria comer bolo-rei de boca fechada.

No meio da ideia, esqueci-me que o tema era não gostar de política, mas isso tem toda a razão de ser, para mentirosos gostamos mais de Presidentes de Clubes, sempre são mais engraçados.

8 comentários:

Teté disse...

Pois é, meu caro melga, quando a democracia e a liberdade são um dado adquirido (com o esforço de outros), para quê ralações???

Mas convém estares atento, que a tendência actual é do "Ó tempo, volta pra trás", por parte de políticos com falinhas mansas...

Resto de bom fim de semana!

melga disse...

Entende-se o significado do acontecimento, mas porquê saber o nome de todos os tropas?

Não acho que faça sentido.

Já agora, maioria parlamentar, é a ditadura da democracia, onde vês liberdade nisso? Se achas que liberdade de opinião é a liberdade, isso não acredito que mude, já a liberdade de lutar, de exigir, negociar, rebelar, melhorar as nossas condições, ... isso há muito foi perdido, não vejo ninguém a entrar nessa área, digo eu.

Como digo, não ligo a política, limito-me a andar de cabeça baixa a pedinchar um emprego.

Ana disse...

Melguito, o cavaco referia-se aos jovens. Acaso és jovem?... :-pppppp

=DDDDD

Os formandos e formandas que tenho tido estão-se a cagar para a politica.

Ana disse...

Continuo a achar que, em termos de liberdade, passámos de uma situação de prisão de ventre para uma de diarréia.
Penso igualmente que, como não vivi na época salazarista, não tenho verdadeira noção do que é estar-se privado de liberdade de expressão e outros que tais. Penso ainda (eu penso muito! deve ser por isso que me anda a cheirar a queimado!) que há liberdade a mais na nossa pseudo-democracia.

melga disse...

van:

Bem, jovem é subjectivo, tenho 24 anos, acho que sou jovem. :)
Também subjectivo é o excesso de liberdade. Acho que isso não existe, o que há é boas e más pessoas. Usando um termo que não gosto, o bom senso devia imperar.

Toda a liberdade é importante, não quero perder nenhuma da que tenho.

kanjas disse...

politica o quê?
eles que sao pretos que se entendam... cada um é pior que o outro. desde que nao me apertem os calcanhares por mim ta tudo bem

Meg disse...

"maioria parlamentar, é a ditadura da democracia" <- concordo absolutamente, só não concordo com a existência da vírgula ali no meio

O que me irrita mais é que as pessoas estão sempre descontentes, mas vão alternando sempre os mesmos dois partidos. Não se entende. Se estão descontentes, porque não votam noutros?

E o raio da abstenção. Se não sabem em quem votar, é porque não há ninguém de jeito. Então deviam era votar nulo porque é isso que acham deles todos (e para contar na percentagem de votos!) Só se justifica abster-se se se (ena, três "ses". Olha, quatro!) está marimbando para o assunto.

Oh, mas já estou a falar de política.

Já agora, acho que não temos liberdade excessiva quando não podemos dizer que o Sócrates era um cábul... oops! *cough cough* Ai este catarro!

melga disse...

@meg:

Completamente de acordo contigo, até na vírgula! :)