quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Dia atribulado

Levantei-me às 06:00. Para mim era um dia importante, dia de exame no curso de formação que estava a ter em lisboa. Saí de casa direito aos autocarros. Aqui em Setúbal existem dois autocarros directos para lisboa, o da Gare do Oriente e o da Praça de Espanha: o meu (o da Gare), costuma estar sempre na mesma pista (pista 11),
portanto foi nesse que eu entrei. Como estava com sono, resolvi dormir um pouco e, mal saímos da garagem, foi isso que aconteceu instantaneamente.
Quando acordei, comecei a vislumbrar uma paisagem que me era desconhecida em relação ao meu percurso habitual, estava a ver o Cristo Rei em Almada e, por momentos, pensei que o senhor tivesse sido mudado de sítio, mas essa ideia parecia-me deveras irreal e um bocado parva, diga-se de passagem.
Pois é, aqui o menino enganou-se no autocarro e iria parar exactamente ao lado oposto em relação ao sítio para onde queria ir...

As soluções começavam agora a ocupar os meus pensamentos, a minha luta contra o tempo em dia de exame era quase sufocante.
A calma não era muita, e o estado físico começava a ressentir-se disso. Sim, e eu passo a explicar.

Vamos recuar até às seis da manhã, quando eu estava a acordar. Fui à janela e estava de chuva. Deduzi também que estava frio, então apetrechei-me de guarda-chuva e casaco de pêlo. Mais tarde apercebi-me de que cometera um erro colossal..Ainda levava os manuais do curso e a bolsa a tiracolo, portanto estava de mão cheia, como se costuma dizer.
Continuando a minha aventura, lá estava eu à espera do metro, esse transporte milagroso que me ia salvar o dia! Quando o vi chegar, estava um indivíduo
colado a uma das portas, de braços abertos, ou seja, não cabia lá dentro uma palhinha que fosse. Concluí que Lisboa às oito da manhã desce à terra definitivamente.
E lá estava eu, apertadíssimo no metropolitano da capital, a suar em bica com aquele casaco vestido. Não podia despi-lo porque não o podia levar na mão e ainda tive que correr para mudar de linha duas vezes até chegar ao oriente. Enfim, cheguei ao exame num estado lastimoso e ainda tive que levar com olhares reprovadores da minha formadora pelo atraso.


Nota final: Passei no exame:)

3 comentários:

kanjas disse...

Acho que, se for para passar, começo a ir a suar para todos os meus exames...

Ana disse...

LOL! então e que curso era esse???

Teté disse...

Com sono às 6 da manhã? Porque seria?

Mas vá, ao menos passaste...