Faz todo o sentido que o Estado português gaste 1,5M de Euros numa tela com alguns centimetros quadrados. É que é das coisas com mais lógica que tenho visto nos últimos tempos.
Chego mesmo a dizer que é das melhores formas de se combater a crise que nos assola há alguns anos.
Vamos lá aqui a raciocinar todos em conjunto. Isto é bom, porque:
Há alguém que fica com os bolsos cheios.
O estado fica bem visto no seio dessa enorme comunidade que são os artistas plásticos (dar enfase à palavra enorme).
Com sorte, dá para vender o quadro na Páscoa por alguns cobres extra (keep dreamin').
Mostramos que afinal a coisa não está tão má como a pintam (epá, que trocadilho genial).
Mas, acima de tudo, dá para gozar com a cara dos contribuintes, que vêem o seu rico dinheirinho a ser muito bem/mal (riscar o que não interessa) empregue.
Isto, para não dizer que a Ministra da Cultura (sim, ela existe! Mais ou menos como os pilhões, mas existe) desconhecia qualquer interesse nesta obra.
Leiam aqui e aqui e digam-me se tiver interpretado alguma coisa mal.
Assim como assim, acho que estamos 1,5M mais pobres.
edit das 2:55 - deixem só acrescentar este link, dizer que o Berardo já tinha tentado comprar este quadro há 2 anos por 600mil euros e que esta foi a venda mais alta em leilão feita em Portugal. O Estado é o maior! Só faz coisas em grande. Para quando mais uma ponte?
5 comentários:
Eh páh...eu juro, eu juro que li "decomposição de cristo no túmulo"...
Isso é que era um quadro maneirinho. Aposto que não tinhamos gasto 1.5M
Que pena não ter estado no leilão a assistir e para estar lá a ser mais um dos milhões a... aplaudir??? Ou a fugir???
Já me baralhei...
Estas noticias até doem. E eu ainda não contriubuo para elas.
Pois quano a mim acho que foi dinheiro bem empregue. Pelo menos esse milhão e meio da indemnização pela perda das jóias da Coroa portuguesa roubadas na Holanda em 2002 sabemos no que foi gasto e quem ficou com ele. O mesmo não se poderá dizer dos restantes 4 milhões que supostamente vão ser usados para comprar vitrinas para colocar em exposição o que resta das desfalcadas joias da coroa. esse sim vai para o bolso não sei de quem que vai vender as ditas vitrinas por preços sabe-se lá quantas vezes mais altos que o seu real valor e para os bolsos da empresa que vai instalar as mesmas no palacio da Ajuda. O mais certo é essas mesmas pessoas serem amiguinhas e familiares da ministra ou de alguem ligado ao ministerio da cultura, que até pode depois "oferecer" algum do dinheiro ganho na instalação das vitrinas à pessoa que lhes permitiu esse lucro milionário. Por isso concordo com a compra da pintura, pelo menos essa passa a fazer parte do patrimonio estatal, enquanto as vitrinas não passam de um gasto desnecessario.
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